Aqui vale uma comparação:
Se estou dentro da estufa e estou com fome, terei que ir buscar comida
na cozinha de casa, certo?.
As plantas funcionam quase que na mesma direção, pois
se não damos alimento que ela gosta, ela automaticamente, fará
gerar novas raízes, em varias direções, em busca
de alimento e água.
Durante 2 anos, fiz uma comparação com 20 cattleyas
da mesma espécie, 10 tratei normalmente com água e adubacão,
as outras 10, deixei sem adubo, apenas pulverizando água 1
vez por semana.
Das 10 que tratei normalmente, todas deram belas flores, vários
brotos, bulbos verdes e lisos, enquanto que as outras 10, algumas
não tiveram novos brotos, varias adquiriram fungos, apenas
2 deram flores, uma flor em cada planta, enquanto que nas adubadas,
a media foi de 2 flores para cada planta....
Nas plantas adubadas, todas as raízes estavam dentro do substrato,
enquanto as outras plantas, tinham raízes para todo lado, com
ate 30 cm de comprimento em cima do ripado.
Isto nos indica com firmeza, a comparação do inicio
deste texto, que se tratar-mos as plantas como elas vivem em seu habitat,
com certeza seremos retribuídos, tanto pelo porte da planta,
como pelas cores de suas flores.
Neste teste, usei o mesmo ripado dentro da estufa, portanto, a mesma
temperatura e condições ambientais de todas as plantas.
Daí a conclusão de que, quanto menos "frescura"
a gente tiver com as plantas, melhor serão os resultados. Atualmente,
só uso vasos de plástico, em tamanhos proporcionais
a idade de cada planta, substrato de xaxim não muito desfibrado,
micro aspersão uma vez ao dia, em dias frios, o sistema é
desligado.
No mesmo teste, verifiquei que as plantas molhadas em abundância,
não estavam com o mesmo perfil das molhadas por aspersão,
isto é, as folhas molhadas estavam melhores que as folhas secas
(água direto no substrato), provando que as folhas também
gostam de um adubinho....
O volume de aspersão dentro da estufa, foi com bicos de 17
litros/hora, ligado a 3 minutos por dia, por volta de 16:00 horas.
(o melhor horário)
Outra observação também válida, e das
plantas fixadas em arvores. O tamanho das raízes e a lentidão
no crescimento da planta é estarrecedor. Em dois anos, mudas
da mesma espécie e mesmo tamanho, plantadas em vasos , tiveram
seu porte duplicado em relação as plantas fixadas nas
arvores. Isto prova, que fora do habitat natural, forcamos a planta
a viver num ambiente de precariedade alimentar.
Chegamos a conclusão de que, quanto maior as raízes,
menor o porte das plantas, isto, porque, enquanto a planta perde tempo
em alimentar novas raízes para buscar alimento, a parte aérea
da planta fica paralisada.
Portanto, ao fixarmos plantas em arvores, primeiramente, devemos saber
como vivia em seu ambiente natural (umidade, sombra, altitude, o meio
vegetativo em seu redor e etc.), para mais tarde, não nos arrepender-mos
de ver aquela planta feia e sofredora, implorando alimento e sem dar
flores ou brotos novos. (os Dendrobiuns e Oncidiuns são mais
indicados para isto) |